O terrorismo atômico dos Estados Unidos da América

Nos anos recentes, mais precisamente desde os anos 1960, a expressão terrorismo tem sido corriqueiramente usada para designar a violência, normalmente bélica, contra inocentes de um determinado grupo, etnia ou ideologia. Desde então, a indústria do cinema e imprensa estadunidenses apregoam repetidamente o combate ao terrorismo, apontando como seus únicos praticantes, certas nações ou grupos, geralmente orientais. Entretanto há um episódio singular na história da humanidade, que remete não ao princípio do terrorismo, mas aos seus fundamentos modernos, lançados com monstruosidade sem par até hoje.

Em 1941, poucos meses após a invasão da Rússia pela Alemanha, o Japão lança um ataque preciso aos encouraçados na baía de Pearl Harbor, matando pouco mais de duas mil e quatrocentas pessoas, na sua maioria, militares. Pouco menos de quatro anos depois, não satisfeitos com os mais de cem mil mortos em seis meses de bombardeio a mais de sessenta cidades japonesas, incluindo a capital Tóquio (óbvio que era de civis, a maioria da população de tantas cidades), os Estados Unidos, sob as ordens do seu presidente Truman, lançam não uma, mas duas ofensivas com a arma mais poderosa conhecida até então, precipitando fogo dos céus para incinerar mais duzentas e vinte mil pessoas em alguns segundos.

Hoje os ianques são a terceira nação mais populosa do planeta, e possuem mais de duas mil ogivas nucleares ativas. Do brado da liberdade que tanto defendem, ao horror consolidado nos corações de todas as nações, o encerramento de uma guerra por excesso de força, no pior ato terrorista de todos os tempos, maquiado pelas produções de sua “arte” (ou melhor, propaganda), concebida para um mundo prisioneiro do seu poder bélico e econômico, no qual somente os países armados à altura (Rússia, Reino Unido, França, China, Índia, Paquistão, Coreia do Norte, Israel e não oficialmente, Irã), “dormem” sem se preocupar com uma invasão, ou com rebeldes armados em nome de uma democracia que desde então, não mais representa os interesses do povo, mas das corporações.

Não busco com esta crônica narrativa, incitar o ódio a um grupo de pessoas, muito menos me apoderar da história de maneira tendenciosa, mas unicamente apresentar fatos e dados amplamente referenciados de maneira crítica, em um gesto de respeito aos injustiçados pelo poder e pela mentira. Seguem as fontes de pesquisa usadas para a redação deste texto:

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