Devido à imprecisão das definições para cada gênero, subgênero ou estilo literário, por muitos anos este blog teve a maioria dos seus textos sob a categoria de crônica dissertativa (que é um subgênero da literatura), o que em nada desmerece a corporeidade de suas publicações.
Originalmente a crônica seria “o relato de acontecimentos em sua ordem temporal (cronológica)” segundo a Wikipédia (que não se limita à concepção histórica do gênero que chega a dar nome a dois livros na Bíblia Sagrada). Segundo esta e outras fontes, cada subgênero é característico, ainda que a crônica moderna seja “uma narração curta, produzida essencialmente para ser veiculada na imprensa” (o que não é exatamente o caso). Aqui cabe a diferença entre a dissertação e a crônica dissertativa (o subgênero antes predominantemente usado), onde a primeira seria “uma modalidade de redação ou composição, escrita em prosa ou apresentada de forma oral, sobre um tema sobre o qual se devem apresentar e discutir argumentos, provas, exemplos, etc.” e a segunda meramente a “opinião explícita, com argumentos mais ‘sentimentalistas’ do que ‘racionais’, exposta tanto na 1ª pessoa do singular quanto na do plural” (o que também não o caso). A dissertação, porém, seria fundamentada em elementos científicos como uma pequena tese sobre qualquer assunto, o que a aproxima do gênero que creio, melhor se encaixa para categorizar a grande maioria dos textos deste blog, o ensaio.
Segundo o artigo na Wikipédia, “ensaio é uma obra de reflexão que versa sobre determinado tema, sem que o autor pretenda esgotá-lo, exposta de maneira pessoal ou mesmo subjetiva. Ao contrário do estudo, o ensaio não é investigativo, podendo ser impressionista ou opinativo. É um texto breve, situado entre o poético e o didático, contendo ideias, críticas e reflexões sobre diferentes temas. Menos formal que o tratado, presta-se à defesa de um ponto de vista pessoal acerca de um dado tema (filosófico, científico, político, social, cultural, moral, comportamental, literário, religioso etc.), sem que se paute em formalidades como documentos ou provas empíricas ou dedutivas de caráter científico. O ensaio assume a forma livre e assistemática sem um estilo definido” e, assim sendo, parece-me o gênero ideal a categorizar a maioria dos textos neste publicados, excetuando o que for conto (ou parábola), frase ou ainda, crônica de algum tipo.