Origem e propósito

Houve um tempo, quando prosperava com seu pai de criação e com seus irmãos por parte de mãe, em que o Nazareno teria recebido a chocante revelação do futuro da sociedade humana, marcada pela corrupção e domínio do mal. Babilônia, Pérsia, Grécia já haviam escravizado a humanidade, e agora Roma controlava, por meio de acordos espúrios, até o povo escolhido por seu Pai, a quem este confiara a Lei e os profetas. Foi quando, podemos supor, o então carpinteiro entendeu por inspiração divina que os homens entesouravam para o fogo, laboravam para o vento de um governo oposto ao celestial. O homem, após a infância, se desvia quase que sem exceção de sua origem e propósito, aplicado em viver naturalmente, em manter-se neste mundo, colabora para a chegada do filho da perdição, pavimentada desde a torre de Babel: empreitada precoce reprovada pelo Criador.

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Aprendizes na prática

Quando o Nazareno falou que a ninguém deveríamos chamar de pai, seu contexto histórico era muito anterior ao da industrialização, e seus ouvintes eram do povo escolhido na Antiga Aliança. Mas o que foge ao conhecimento de muitos, é que pelo menos os profetas daquele povo costumavam ter jovens prosélitos a quem chamavam de filhos, porque antes da industrialização, todo jovem que passasse os dias com um adulto (fosse seu pai de sangue ou não) era seu filho, ou seja, seu aprendiz. E este é o sentido da expressão filho em muitos textos do Novo Testamento.

“(…) do espírito que agora opera nos filhos da desobediência; entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza, filhos da ira, como os outros também.”

Efésios 2.2-3
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